quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Música Morfética

Cultua o mundo ébrio
É feliz com pó e migalhas
Sem exemplo, vai seguindo
Na superfície vai dormindo.
Não tem sonhos
Quer quinze minutos, nada mais
E p'ra isso é capaz
De esquecer o que acredita.
Não vê
Não cogita
Insistir no que lhe é bom
Afinal
Por dinheiro é sabão:
Limpo ou sujo, vai direto para o ralo
E não esquece do orvalho
Quando precisa d'água p'ra curar ressaca
Necessidade vindoura
- quando souber ser fraca.
Quer muleta
Quer esmola
E quando o décimo quinto minuto passar, vai perceber que nem os amigos restaram.
Só o dinheiro.
Nada melhor pr'um brasileiro:
Música morfética
Quase poética
Pena que toca o ano inteiro.

Ankh
22-07-2010
Tava precisando atualizar!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010