segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

We don't know the words to the songs of the ocean

 De tudo o que não fui e tudo o que não serei, sobram-me os "orgasmos na pele" como prêmio de consolação.



Aproveite a vida. É efêmera.

Ankh
24-01-2022

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Tempos sombrios

Há uma tormenta que insiste em escurecer o céu.

Despedidas, desavenças, desentendimentos.

Se a atual crise sócio-humana-política esclareceu algo, provavelmente, foi que muita gente guardava em si tudo o que de pior poderia lhes caber. Precisava só de um empurrão para libertar; ou de uma pandemia; ou de um líder ideológico falacioso distorcendo conteúdos filosóficos e antropológicos em função de uma propaganda odiosa. Todas as anteriores, mais provável.

Nesta rotina cansável e combativa, a tristeza tornou-se constante. 

Não há luz nesse horizonte medonho e agonizante.


Ankh
18-10-21
Pandemia, perdas e despedidas - em vida e fora desta.

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Solilóquio

A vida em negativa 
cativa o ímpeto ao isolamento.
Não ter esperança castra as vontades, 
tira o brilho daquilo que outrora fora ouro.
E o vindouro, agourento e enlameado,
não modifica o rosto:
- Não adianta esperar outra chance.

Ankh
20/09/19
"Have you been to the desert? Have you walked with the dead?"

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017



As desculpas e justificativas andam de mãos dadas:
Assuma-se, cumpra-se e faça-se.
No convite, a cumplicidade implícita renega o respeito pelas rotinas divergentes,
diferentes.
Caminhos e escolhas levaram a situações incabíveis
e deveras irrefutáveis.
Da reclusão à indiferença,
do ignorante ao conhecedor,
da presença desejada ao impulso egoísta de ignorar a vida alheia.
De grão em grão o sapato fica cheio de areia.


Ankh - 28-12-2017

terça-feira, 6 de outubro de 2015

O inferno (in)(e)terno.

Nas noites e momentos em que a mente divaga, vivendo a vida que imaginamos que seria o resultado provável daquilo tudo que fazemos, o horror da concepção dos próprios erros é fato consumado com os apertos no peito que perduram pelo dia.

Inconstante é a vontade de corrigir as coisas, ser paciente, ser conivente (ou conveniente?), aceitar as que não gostamos, necessariamente para continuar na companhia de quem achamos gostar, respeitar e continuar respeitando após a prova da recíproca inexistir.

É incrível o momento em que notamos que as maiores penúrias advém pura e, quase, exclusivamente das falhas que cometemos, das palavras que deixamos de dizer e daquelas ditas nos momentos inoportunos (principalmente ébrios).

E desconfiar... essa palavra é atormentadora. 
O esforço em externar a preocupação é ato repetido, mas o resultado do comentário não explicita o sentimento correto. Não é a perda. É a repetição desta.

Dia cinza.
O respeito, a confiança e o apreço continuam.
Mas a visualização de um futuro provável, repetidamente, não facilita as coisas.
Difícil falar a respeito.
Difícil explicar que normalmente esses breves ensaios de clarividência costumam realizar-se e, em alguns casos, já o foram - apenas não há consciência do ocorrido.

Viagem.
Que viagem.
Ninguém falou que seria fácil.

Ankh
06-10-2015
O advento da incerteza é avassalador.


terça-feira, 22 de julho de 2014

Nossas vidas são paralelas



Vidas paralelas emergem de fragmentos de confiança colados com cuspe no decorrer dos anos.
Haja saliva para efetivarem uma muralha.
É necessário grande história para encontrarem rumo e entenderem que a essência concêntrica se resume ao paralelismo: o advogado da discórdia é apenas o tempo.
Conceitos abstratos de amizade se confundem com o racionalmente aceito como razão enfrentando vontades, fatos, gostos e congruências legitimadas pelo compartilhamento de situações comuns.
Beber? Comer?
O pasto que alimenta "cabeças-novas" se resume à auto-comiseração: não se sentem responsáveis, afinal são vítimas de um bombardeio de informações aleatórias e, consequentemente, não entendem linhas de raciocínio (nem as próprias) ou sequer respeitam aquilo que difere dos insights que tiveram nos últimos cinco segundos. 
Mas, era diferente?
Provavelmente não. Porém, insensato é aquele que não percebe nos próprios erros um caminho a evitar.
Apesar de todos os preconceitos, o bom senso ainda faz falta quando saudosista. 
Foi diferente. 
Igual em alguns momentos, mas diferente na urgência de decisões e noções.
Paciência, paciência: exercício do infinito assassinato do ego.
Que o advogado cronológico se faça presente naqueles que não escutam.
Aguardai. 
E tomai em vossos excelentíssimos cús.

Ankh
22-07-2014
A importância das pessoas é medida pelas decisões tomadas em relação a outrem. 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Homem-máquina: apertador de botão.

Automático.
Insensato.
Momento oportuno ao discorrimento incapaz de conclusão qualquer.
Quais quer?
Seja o assombro do ilusório em mente há tempos
ou a realidade afugentadora de possíveis prazeres,
não há resposta concreta.
(pausa para o café).

Ankh
19-02-2014
Tá. E daí?