segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Palavras


O entendimento é falho quando o ato consumado não compactua do pensamento: a sociedade vive em disputa pelo ser correto, não pelo interpretar do verbo propagado. E quando errado, não basta assumir: precisa ser subjugado.

Fúria, desacato: o respeito atinge o limiar tênue da incompreensão quando a insistência na palavra virulenta leva o nervo ao estresse involuntário. Discute por conseqüência, mas não justifica o fato através de atos.

Como corrigir um erro com palavras?
Como corrigir palavras com palavras?
Como corrigir erros com outros erros?

Não é possível mudar posturas sem lembrar o movimento propagador para a ausência de coerção. E na futura ação, cicatrizes. A memória é o inferno dos imperfeitos, o remorso é o purgatório dos infames, o convívio é a morte para os egoístas.

Vale o certo evolutivo que aguarda o sacrifício de todo aquele que compactua objetivos. Racionalismo e sentimento, expressividade e autoridade.
Autoridade?
Autor X idade.

Chega um tempo em que ser tratado como infante tira a calma e lavra n’alma a vontade errônea de discutir o caso. A racionalidade forte e a temeridade do silêncio provam que nem com todos os argumentos do mundo seria possível explicar que posturas pessoais normalmente confundem o entendimento das mensagens.

Se há ruído é porque não há entendimento real.
Isso preocupa: ocupa a mente com análises de situações anteriores e com probabilidades vindouras.

Faça com o outro o que gostaria que fizessem contigo.
Penso muito nisso.
Existe entendimento real?
Ankh
10-08-2009
- Feliz dia dos pais atrasado. 20 anos.