Não há movimento na estrada
E o tempo parado me cala
Se cego espero a dormir
A filha, da mãe que não tem coragem
Do pai que só bebe bobagem
E enfrenta o mundo em pregos
Sem dentes, não quer mais sorrir
Outro instante passa na tela
E essa constante entorpece
(Se honrado) prostrado em terra, o infeliz perece
na parede, incerta, a memória favela
Quer pão? Sem mão?
De outro tanto a pedir perdão
Quer mãe? Quer Pai?
Desse encanto a esperança se esvai.
Enquanto a saudade, tão bela,
Sorrindo, deitada em prece
A saúde velha estremece
Na parede a memória é favela
E é sempre o mesmo que espera
Quer pão? Sem mão?
De outro tanto a pedir perdão
Quer mãe? Quer Pai?
Desse encanto a esperança se esvai.
Ankh
Idealizada como letra para uma música, de 2005.
domingo, 30 de janeiro de 2011
sábado, 1 de janeiro de 2011
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