segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Why do I keep fuckin'up?

Não importa o quanto, nunca é o bastante.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Entre amigos e pesares


Sinto saudades
Sentirei saudades.
Tudo na vida nasce, cresce, desvanece e morre.
Só consigo pensar em flores no comparativo.

A voracidade do objetivo primário em estar vivo
É objeto do luto ocidental mal resolvido
Da dificuldade em aceitar a impotência humana
- da realidade.

A todos os que vivem
Na memória, na história e no peito
Um dia espero ser digno da palavra em contrapartida.
Do respeito, do merecimento do apreço e das saudades.
Do valor do contato, das presenças.
Das pessoas mais próximas e da sutileza de olhares
Amigos: mãe, noiva e irmãos inclusos no pacote.

Da identificação.
Do conhecer além da mera visão simulada
Do paradoxo entre parecer e ser.

Sinto saudades.
Sentirei saudades.
Do respeito pelas opções difusas dos contextos alheios
Da dedicação a objetivos que vão além da mera vivência
Da admiração por insistir.

Gostaria de ser religioso para ter orado com mais afinco.
Gostaria de acreditar que eu poderia ter feito algo mais.
Sinto saudades.
Sentirei saudades.

Não encontro palavras.
Não há palavras.

Ankh
14-09-2009
Tentei escrever, mas soava cada vez mais egoísta.
Descanse em paz, Melody.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Melody

Equivalência, ambivalência
Já não vale sol e chuva
Se o tempo não converge,
E o espaço não permite,
Na memória só refúgio
Na história vida e glória.

Se o querer que dita o verbo
Conjugado no pretérito
Há o temor do vir futuro
De não poder sentir seguro
O seguir permeia o susto.

Ser presente em corpo falta
O pensamento inverso vive
O momento nunca tarda
O esperar é que aflige.
Retorne. Continue. Fique. Viva.

Ankh
08-09-2009
À minha prima Melody, que está convalescente: Fique bem.