terça-feira, 5 de agosto de 2008

Dia dos Pais

Um herói a ser honrado, uma pessoa de participação ímpar na vida dos presentes, dos ausentes, dos omissos; de todos, enfim.
Ultimamente estou nostálgico: tenho visto relações familiares peculiares.
Vi pais e filhos se reconciliarem após anos de distância.
Vi filhos com respeito e apreço imensuráveis.
Vi pais surgirem, vi filhos se tornarem pais.
Vi amigos ganharem um adjetivo que admiro e respeito, e até arrisco dizer que um dia irei querer.
Vi pais se sacrificarem por filhos.
Vi filhos fugirem.
Vi filhos se revoltarem por amar demais seus pais e não quererem admitir.
Vi pais fugirem.
Vi pais e mães brigarem pelos filhos e vi filhos brigarem pelos pais.

Todos os dias eu vejo a vida sendo celebrada.

Há pouco fizeram 19 anos de saudades.
De carinho. De bons exemplos, de caminhos a seguir, de posturas.
Até mesmo naquilo que descobri não condizer com as realidades que acreditava serem verdadeiras, cresci e aprendi: do que não concordo, pude discernir o que não pretendo me tornar.

(Me ocorre discorrer sobre “ser filho”, mas não é o caso deste texto).

Já ouvi dizerem que os filhos são uma continuação dos pais.
Não iguais, até porque os caminhos, sejam eles quais forem, são sempre sujeitos à intempérie e aos obstáculos da natureza. O resultado é que a semente germinada nem sempre produz uma árvore igual – os galhos, as folhas e os ramos serão diferentes.

Celebro aqui o dia dos pais, independente do comércio implícito na data.

Ao dia de todos os pais:
Que lutam, que sacrificam.
Que discutem, que brigam, repreendem.
Que ensinam, sorriem, ajudam a levantar.
Que sofrem, que felicitam, que são admiráveis.
Que defendem, que são defendidos, que se ofendem e tomam dores.
Que fazem o que podem, mesmo quando não parece.
Que padecem pelas dores, que vibram pelas vitórias.
Que dão início ao caminho.
Que amam.

Aos pais que são, aos que serão, aos que precisam aprender a ser e aos que foram.
Às mães que são pais.

Ankh
Escrito em 04-08-2008

4 comentários:

Eliana Dal Ponte Farias disse...

Gostei muito... vc sabe o quanto admiro... e até compartilho de alguns pensamentos seus... talvez essa seja uma das razões de termos nascidos tão proximos... gostaria de desejar muita inspiração... SEMPRE!!!!!!!!
beijos
Eliana

Lobo disse...

Pais (incluindo mães)vc disse tudo! figuras únicas, referência de tudo na vida. Se a gente parar pra pensar um minutinho, parece que eles tem bola de cristal. É incrível como a voz da experiência nos diz como fazer e agir. lá na frente acontece, Rs! Ótima reflexão Ankh

Um forte abraço, meu brother!

Carlinho.

Unknown disse...

=] né?!

Unknown disse...

No domingo do dia dos pais encontrei o meu pai. Desde o corpus-christi consigo estar e falar com ele desarmado das minhas impressões de infância e adolescência. Estar com ele sem culpá-lo por quaisquer coisas me possibilitou enteder a sua pessoa: livre, dinâmica, irresponsável até, mas nunca morta. Meu pai gosta de viver mais do que eu julgava ser "permitido" a um adulto. Quem bom, assim eu sei que nem tudo está perdido... muito pelo contrário.

O que fazer com o seu talento hein goiano? Só publicidade? É, nem tudo está perdido... muito pelo contrário...

Siga a marcha.